RECORDANDO O QUE ESCREVI HÁ 5 ANOS!!!!
REFLEXÕES!
A austeridade e os sacrifícios
não podem ser pedidos apenas aos trabalhadores em geral! O exemplo tem de vir
de cima!
Numa
altura em que o Governo nos vai apertando cada vez mais o cinto alegando que a
crise a tal obriga, é um autentico ultraje vermos que o ESTADO gastou entre
2008 e 2010 mais de 90 milhões de euros só em combustível, 36 milhões em
estudos, 13 milhões em decorações de
Natal , 14 milhões em festas e foguetes, quase 1,5 milhões em brindes e, pasme-se, em
café cerca de 950 000 € ( 190 mil contos, em escudos).
Em
Junho de 2008 escrevi nesta coluna o seguinte : ‘Mudaram-se os
tempos!...Mudemos também os nossos hábitos! …produzimos pouco e esbanjamos
muito. Infelizmente é a prática comum em todos os patamares da nossa sociedade.
Desde as estruturas do Estado até às famílias, não tem havido a mínima
preocupação em combater o desperdício e aumentar seriamente a produtividade.’
Pelos
vistos, de 2008 para cá nada mudou, sendo que, no que diz respeito a despesas
do Estado, até piorou.
Contudo,
o Governo quando meteu a mão ao bolso e verificou que o dinheiro escasseava,
foi lesto a cortar nos salários da Função Pública e a aumentar o IVA em todos
os escalões. Porém, não anunciou quaisquer medidas urgentes no sentido de
travar o despesismo instalado em toda a máquina do Estado.
Os
contribuintes não são obrigados a pagar € 331 000 ao Tony Carreira ou € 256 000
ao meu amigo Quim Barreiros.
Verifica-se,
numa consulta pormenorizada ao Site da transparência, há que não o esconder, um
autêntico regabofe em algumas autarquias que gastaram cerca de € 14 000 000,00
só em festanças e foguetes.
Afinal
Medina Carreira tem razão ‘somos um País de mendigos mas com hábitos dignos
da Arábia Saudita’
Tenho
para mim que, e é por demais evidente, se houvesse vontade e coragem política,
se poderia reduzir significativamente o défice sem ter de aumentar
violentamente os impostos.
É
claro que uma das medidas importantes seria a revisão profunda da divisão
administrativa do País, que levasse à extinção de umas largas
dezenas
de Municípios que, nos dias de hoje, não fazem qualquer sentido. O mesmo se
aplicando a umas quantas centenas de Juntas de Freguesia.
Terminar
com a loucura em que se tornaram as mais de mil empresas municipais com a sua
catrefada de gestores seria igualmente uma medida oportuna.
No
poder central muito haveria também a cortar, recordo que só no Governo há cerca
de 40 assessores de imprensa com os respectivos motoristas e secretárias.
E
quanto às dezenas de Institutos Públicos e Empresas Públicas?
Quanto
se pouparia se fossem eliminados muitos deles , reduzidas as suas
Administrações e se fossem banidos os chorudos prémios que lhe são atribuídos?
Os
Partidos apenas pensam nos seus próprios interesses. Ainda agora, colocados
perante uma hipótese de redução do número de Deputados na Assembleia da
República, a maioria deles recusou tal hipótese.
Enquanto
por um lado criticam o PEC, por outro, defendem TGVs , Aeroportos e Novas
Travessias sobre o Tejo. Com partidos assim, concordo que é difícil a saída da
crise.
Tenhamos
fé e esperança!