quinta-feira, 14 de março de 2013



RECORDANDO O QUE ESCREVI HÁ 5 ANOS!!!!


REFLEXÕES!
A austeridade e os sacrifícios não podem ser pedidos apenas aos trabalhadores em geral! O exemplo tem de vir de cima!
Numa altura em que o Governo nos vai apertando cada vez mais o cinto alegando que a crise a tal obriga, é um autentico ultraje vermos que o ESTADO gastou entre 2008 e 2010 mais de 90 milhões de euros só em combustível, 36 milhões em estudos,  13 milhões em decorações de Natal , 14 milhões em festas e foguetes,  quase 1,5 milhões em brindes e, pasme-se, em café cerca de 950 000 € ( 190 mil contos, em escudos).
Em Junho de 2008 escrevi nesta coluna o seguinte : ‘Mudaram-se os tempos!...Mudemos também os nossos hábitos! …produzimos pouco e esbanjamos muito. Infelizmente é a prática comum em todos os patamares da nossa sociedade. Desde as estruturas do Estado até às famílias, não tem havido a mínima preocupação em combater o desperdício e aumentar seriamente a produtividade.’
Pelos vistos, de 2008 para cá nada mudou, sendo que, no que diz respeito a despesas do Estado, até piorou.
Contudo, o Governo quando meteu a mão ao bolso e verificou que o dinheiro escasseava, foi lesto a cortar nos salários da Função Pública e a aumentar o IVA em todos os escalões. Porém, não anunciou quaisquer medidas urgentes no sentido de travar o despesismo instalado em toda a máquina do Estado.
Os contribuintes não são obrigados a pagar € 331 000 ao Tony Carreira ou € 256 000 ao meu amigo Quim Barreiros.
Verifica-se, numa consulta pormenorizada ao Site da transparência, há que não o esconder, um autêntico regabofe em algumas autarquias que gastaram cerca de € 14 000 000,00 só em festanças e foguetes.
Afinal Medina Carreira tem razão ‘somos um País de mendigos mas com hábitos dignos da Arábia Saudita’
Tenho para mim que, e é por demais evidente, se houvesse vontade e coragem política, se poderia reduzir significativamente o défice sem ter de aumentar violentamente os impostos.
É claro que uma das medidas importantes seria a revisão profunda da divisão administrativa do País, que levasse à extinção de umas largas
dezenas de Municípios que, nos dias de hoje, não fazem qualquer sentido. O mesmo se aplicando a umas quantas centenas de Juntas de Freguesia.
Terminar com a loucura em que se tornaram as mais de mil empresas municipais com a sua catrefada de gestores seria igualmente uma medida oportuna.
No poder central muito haveria também a cortar, recordo que só no Governo há cerca de 40 assessores de imprensa com os respectivos motoristas e secretárias.
E quanto às dezenas de Institutos Públicos e Empresas Públicas?
Quanto se pouparia se fossem eliminados muitos deles , reduzidas as suas Administrações e se fossem banidos os chorudos prémios que lhe são atribuídos?
Os Partidos apenas pensam nos seus próprios interesses. Ainda agora, colocados perante uma hipótese de redução do número de Deputados na Assembleia da República, a maioria deles recusou tal hipótese.
Enquanto por um lado criticam o PEC, por outro, defendem TGVs , Aeroportos e Novas Travessias sobre o Tejo. Com partidos assim, concordo que é difícil a saída da crise.
Tenhamos fé e esperança!