domingo, 30 de março de 2008

POETA

Este poeta que há dentro de mim indomado,
É tão rebelde e fugidío como o vento irado..!
Mas também suave como o voo de andorinha
Quando, no céu azul, esvoaça pela tardinha..!
*
Este poeta tão sonhador que aqui mora,
Sonha, muita felicidade para o mundo..!
Por isso sente a revolta e, quando chora,
Pensa no seu irmão errante e vagabundo..!
JPL

AINDA A VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Dizia Sócrates (o filósofo) que a melhor maneira de resolver um problema, era evitando que ele se nos colocasse.
Espero bem que, este outro Sócrates, nosso primeiro ministro, pense de igual modo.
Vem isto a propósito das várias notícias que nos vêm dando conta de vários actos de violência contra professores, nas salas de aula.
O Procurador Geral da República, porque vive neste mundo e não noutro, manifestou e bem, a sua preocupação relativamente a este assunto. Já outros, que tentam jogar sempre ou com a preocupação de que destoando é que se fazem ouvir, ou por mera irresponsabilidade, seguiram o caminho da avestruz.
Enterraram a cabeça na areia!
Depois de tudo o que assistimos ainda houve quem tivesse o desplante de criticar o Senhor Procurador por dar demasiada importância a este assunto!
Não posso deixar de referir aqui o oportunismo do Sr. Dr. Louçã que, ainda há poucos dias se mostrava na manifestação dos professores para agora já se colocar numa posição anti-professores defendendo a não crimininalização dos alunos.
Talvez devessemos criminalizar os professores...por se deixarem agredir!
Mas a todos estes, o Presidente da República enviou o recado mandando chamar a Belém o PGR.
Espero que o Sócrates, primeiro ministro, siga o conselho do seu homólogo filósofo evitando que cenas destas se voltem a repetir.
JPL

quarta-feira, 26 de março de 2008

ENDIVIDAMENTO/CONSUMISMO

Consumismo parece ser a doença que afecta grande parte dos dos portuguêses. Recentemente ficámos a saber que cada português deve ao estrangeiro 12,5 mil euros um total de 131,9 mil milhões de euros, ou seja 81,3% do PIB.
Imaginemos o que seria se todos os portuguêses tivessem de trabalhar sete meses seguidos só para pagar a dívida do seu país ao estrangeiro!
É pois este o resultado da febre consumista em que os portuguêses entraram nos últimos anos, em boa medida, com a ajuda irresponsável da Banca e a a complacência dos vários Governos.
Hoje tudo de compra a crédito! Casas, carros, electrodomésticos, férias, etc.
Especialistas na matéria afirmam que a tendência continua a ser de subida, o que quer dizer que os portuguêses se estão borrifando para a necessidade de fazerem poupanças..
Se nada continuar a ser feito (o que se passou com os certificados de aforro não foi um bom contributo) e as famílias portuguêsas não se convencerem de que estarão a atingir o limite máximo da sua capacidade de endividamento, a verdadeira crise poderá chegar mais rápido do que imaginamos.
Espero e desejo que tal não aconteça.
JPL

sexta-feira, 21 de março de 2008

QUE ESCOLA???

CASA DE PAIS, ESCOLA DE FILHOS!
Foram imagens negativamente marcantes as que passaram nas televisões, recolhidas, algures, numa escola em Portugal.
Sei que, felizmente, cenas destas não se verificam em todas as escolas do nosso País.
Mas também sei que, se continuarmos todos a fazer de conta, elas irão acontecer, cada vez com mais frequência.
Comportamentos destes, devem-se sobretudo ao facto de, um dos pilares fundamentais em qualquer sociedade, estar fortemente ameaçado. Direi mesmo à beira de ruir!
Esse pilar chama-se FAMÍLIA!
Os pais, procuram suprir a falta de carinho e de presença junto dos filhos com uma atitude de permanente rendição às exigências e desejos dos mesmos.
Nada lhes é negado, todas as vontades lhes são feitas e, assim, sem se aperceberem, vão criando autênticos tiranos.
Quando disso se apercebem é tarde demais!
Mas ao Estado também compete um papel importante.
Garantir a disciplina na escola e contribuir para a dignidade e autoridade do professor.
No caso vertente, a atitude do estado só pode ser uma. Expulsão imediata da aluna agressora!
Se o não fizer, então mais vale fechar o Ministério da Educação e com ele todo o sistema de ensino..
JPL

quinta-feira, 20 de março de 2008

CERVEJA

Em fino, garrafa ou caneca,
No Verão sabe sempre bem
Mesmo chamando-lhe 'bjeca'
Mata a sede a quem a tem!
*
Seja loira, preta ou mulata,
Com espuma a transbordar,
Venha de lá mais um copo,
Tenho a garganta a secar!
*
Perco a cabeça só de vê-la!
Com tremoços a acompanhar,
Queres amigo, vir bebê-la?
Que eu cá estou para pagar.
*
Assim, geladinha e gostosa,
Ai, quem ma dera encontrar,
Neste Verão que me queima
A garganta de tanto cantar!
JPL

segunda-feira, 17 de março de 2008

DIREITOS E DEVERES!










Não irei falar hoje, da heroica caminhada, pejada de heróis e mártires, que ao longo de séculos nos conduziu a sociedades mais justas, mais humanistas, onde os direitos do homem foram gradualmente consagrados nos edifícos jurídicos de todos os países democráticamente organizados.
E estão hoje mundialmente reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, tais como: o direito à vida, o direito à liberdade,, o direito à saúde, o direito ao trabalho, o direito à educação, o direito à privacidade, etc..etc..
Mas, a conquista de todos estes direitos tem de ter implícita a assunção clara de deveres.
Em Portugal, como em quase tudo o resto, parece que também nesta matéria, estamos a cair no exagero. Apenas ouvimos falar em direitos, sendo que os deveres os varemos para debaixo do tapete. Ou seja, abrimos apenas o olho que enxerga os direitos.
Esquecemo-nos de que a existência de direitos pressupõe sempre a obrigatoriedade de deveres.
- O direito à vida comete-nos o dever de não por a dos outros em perigo;
- O direito à liberdade impõe-nos o dever de a utilizarmos , até ao justo momento em que não colida com com a liberdade dos outros;
- O direito à saúde faz sentido, se o utilizarmos de uma forma racional, não esbanjando recursos que a outros possam fazer falta;
- O direito ao trabalho deve ter como contrapartida, o dever de assiduidade, lealdade e dedicação;
- O direito à educação deverá obrigar-nos a uma atitude de respeito por todos aqueles que, com os seus impostos, suportam todo o sistema de ensino;
- O direito à privacidade e bom nome implica que também nós respeitemos o direito ao bom nome dos outros.
E por aí adiante! A tantos outros direitos corresponderão outros tantos deveres.
É pois premente que esta dicotomia direitos/deveres passe a estar permanentemente presente no nosso quotidiano.
Cumpramos pois os nossos deveres para que mais fácilmente nos sejam reconhecidos os nossos direitos!
JPL

domingo, 16 de março de 2008

HORAS

HORAS
Tic tac.., tic tac.., tic tac....
E a roda continua a rodar,
Sempre, sempre sem parar!
Engolindo os minutos, os dias,
Os anos que nos fizeram viver!
Tic tac.., tic tac.., tic tac....
Sempre a rodar a roda ingrata,
Sabe que é com tanto rodar
Que cruelmente nos mata.!
Ela sabe que com tanto girar
Nos consome todo o tempo,
Tirando-nos tempo para amar!
E mesmo assim a roda tirana,
Tirando-nos lentamente a vida
Continua, cínica e desumana,
Neste seu galope incessante.!
Tic tac.., tic tac.., tic tac....
Mas um dia, roda malvada,
Quando meu astro ao céu subir,
Garanto-te que ficarás parada.!
Garanto-te que de ti me vou rir.!
Não haverá nunca mais nada,
Tic tac.., tic tac.., tic tac....
JPL

ESQUERDA/DIREITA


Eu de esquerda me confesso e de direita me reclamo!
Tenho tanto direito a auto localizar-me no espaço político, como qualquer outro cidadão, maior de dezoito anos e em plena posse dos seus direitos cívicos e políticos!
Sim, porque essa de alguns iluminados do nosso palco político se intitularem de esquerda, depositando na dita todas as virtualidades do universo e atirando para a direita todos os pecados que, desde o primário Adão, adulteram a humanidade, já me começa a eriçar os cabelos.
E também ao povo português a coisa parece não agradar muito. Ele sabe muito bem que o futuro do País se não constrói com esta permanente dicotomia divisionista e inconsequente.
Ele conhece bem os exemplos que vão de Franco a Hitler ou de Moussolini a Estaline! Por isso rejeita liminarmente esta visão dicotómica de esquerda/direita e muito menos os fundamentos com que a mesma é feita.
Veja-se como ele elegeu Sócrates para primeiro ministro para de seguida eleger Cavaco Silva Presidenta da República.
Para ele, a virtude não está em ser de esquerda ou de direita, ela estará sempre na seriedade, na competência e na capacidade de trabalho dos respectivos dirigentes.
Ninguem será só de esquerda ou só de direita. Há uns honestos e com sentido de Estado e há outros que são o contrário.
Por isso eu de esquerda me confesso e de direita me proclamo!
Sim, porque segundo a bitola desses tais iluminados eu poderei ser de esquerda porque grande parte da minha vida foi dedicada à defesa dos mais desprotegidos; porque corporizei vários projectos de cariz social; porque fui dirigente sindical muitos anos; porque tenho distribuido comida, de noite, aos sem abrigo de Lisboa; porque já participei em greves gerais, etc..etc.
Porém, sou também um perigoso direitista, já que não tolero que as autoridades do meu país sejam agredidas sem que o agressor seja severamente punido; porque sou contra a liberalização das drogas; Porque acho o casamento de homosexuais contra-natura; porque adoro o fado e o futebol; porque adoro a beleza feminina; porque gosto de um bom cozido à portuguesa com um bom vinho tinto; em suma porque sou patriota, amo Portugal e odeio todos aqueles que querem destruir as minhas raízes culturais.
Mas também sou muito tolerante! E agora aqui fico sem saber se a tolerância é um valor de esquerda ou de direita!
Mas ao ver exemplos num lado e noutro concluo que a tolerância estará no coração de cada um de nós para que a saibamos utilizar convenientemente e sem rancores.
Só que alguns não sabem!
JPL

sábado, 15 de março de 2008

QUEM SOU?

Quem sou eu afinal?
Que faço aqui?
Estarei já morto?
Será que vivi?
E o que é viver?
É gozar ou sofrer?
É chegar ou partir?
É chorar ou sorrir?
Ou será olhar e não ver
O que à nossa volta se passa?
Quem fui eu afinal?
Vi-te e ti irmão,
Quando me estendeste a mão
Aguardando um carinho animador?
Amparei-te no silêncio da tua dor?
Ou matei tua fome quando triste;
Me interpelaste ou me viste?
Quem fui eu afinal?
Apenas mais um ser egoista e frio
Que passou na vida como gelado rio,
Encravado nas montanhas do egoismo?
Nada sei sobre mim!
Sei apenas que vou ter um fim!
JPL

sexta-feira, 14 de março de 2008

ASAE




Exmº. Senhor Presidente, Chefe, Comandante ouDirector da ASAE, que julgo serem a mesma pessoa.
Saiba V. Exª. que hoje decidi suspender as minhas infacundas reflexões para vir em socorro de uma melhor exequibilidade da mui nobre causa que a sua polícia, tão arreigadamente vem defendendo.
Embora reconheça que talvez nem a famigerada PIDE/DGS tenha conseguido impor tanta autoridade e inspirado tantos receios e temores como os seus homens do capuz e restantes acompanhantes, sei que, apesar de tudo, ainda continuam a existir muitos facínoras, que insistem em não cumprir a lei, que V.Exª., tão denodadamente, se esforça por fazer cumprir até à mais minúscula vírgola.
É por causa de gente desta que Portugal se encontra na cauda da Europa.
Faz V.Exª. muito bem em lhes cortar o pio, que o mesmo é dizer, encerrar-lhes os restaurantes, trancar-lhes os matadouros, selar-lhes as padarias, surripiar-lhes as contrafacções por essas feiras fora, destruir-lhes as capoeiras, as pocilgas ou similares, caçar-lhes as bolas (pelo menos as de berlim), partir-lhes os galheteiros(se necessário na cabeça), o saboreio horrivel de uma cabidela de galinha caseira (ainda se fosse do mato!), e por aí fora, podendo mesmo ir até ao encerramento compulsivo da própria habitação dos facínoras.
Mas o que me truxe hoje a V.Exª. foi o conhecimento, aliás constatação, de que esses violadores compulsivos da lei estão a estender os seus tentáculos tenebrosos e, até já chegaram ao meu prédio.
E eu não posso tolerar tamanha afronta a V.Exª. e ao seu combate apostólico, dentro do meu próprio prédio.
É isto que me leva hoje a colocar-me definitivamente do seu lado, neste combate sem tréguas que, se me permite agora, havemos de travar juntos, até que a voz nos doa ou as algemas se partam.
De que se tratará? Perguntará V. Exª!
Pois trata-se, nem mais nem menos, de um dos crimes mais hediondos, que a sua ASAE tanto reprime, e bem.
E aqui mesmo nas minhas barbas, no 9º. Esqº. mesmo por cima de mim, ou seja por cima do apartamento onde resido.
Isto é inadmissível, e , por isso, lhe resolvi escrever.
Não é que ontem, ao regressar de uma ida à no sótão, sem querer, espreitei pela frincha da porta da D. Gertrudes e, pasme-se, não é que a vi mexendo o tacho que estava sobre o fogão, com uma colher de pau!!
E pior ainda, é que tinha mais duas dessas perigosíssimas armas, enfiadas num púcaro, prontas certamente para novas infracções.
Senhor Presidente, Chefe, Comandante ou Director, de onde menos se espera é que elas vêm.
E eu que ainda hé dias comi um ensopado de borrego na casa da D. Gertrudes!
Certamente mexido com aquela famigerada colher de pau!
Só de pensar nisso sinto náuseas!
Não podemos consentir tamanha afronta, Senhor Presidente, senhor Comandante ou lá o que é!
Sugiro-lhe que tome medidas drásticas e que nunca poderão ser inferiores ao encerramento total da casa da D. Gertrudes. Há que perseguir e punir os prevaricadores, sem tibiezas.
E logo a D. Gertrudes, com aquela cara de santinha, quem tal diria!
Temos de nos manter em total vigilância, noite e dia.
E já agora, por falar em vigilância, eu não queria falar disto porque ele é uma joia de homem.
Mas o Sr. Acácio do 3º. Dtº., também vinha a chegar da terra e estava a dizer que amanhã ia comer uma rica cabidela de galinha caseira! Penso que também há ali algo de esquisito!
Aposto que já trazia o sangue da dita num qualquer taparuwer!
Louvado seja Deus!
Mas se é tão fácil cumprir a lei, porque é que esta gente insiste na transgressão?
Em vez de pão caseiro comam Bimbo!
Se têm hamburguer tão bom, porque hão-de insistir em cabidelas?
Se têm salsicha alemão tão boa e barata porque insistem no chouriço português cujo porco é morto sabe-se lá onde?
Porque hão-de insistir nos galheteiros se podem andar com doses individuais de azeite e vinagre no bolso?
Tem V.Exª. toda a razão quando ameaça encerrar metade dos restaurantes em Portugal!
Até já começo a ter dúvidas se os não deveria encerrar todos. Assim como assim, temos os espanhóis aqui tão perto!
Mas Senhor Director ou Senhor Inspector, a luta não se pode ficar por aqui! hà que começar não só a encerrar as habitações aos prevaricadores mas também a expô-los na praça pública para exemplo dos outros.
E para dar o exemplo, deverá V. Exª. começar por encerrar a casa da senhora sua esposa que, ao que me constou, também lá tem, se bem que escondidas, umas colheritas de pau.
Sempre com mão firme! E verá Sr. Comandante como a lei passará a ser cumprida.
Não haverá mais bolas de berlim, nem cabidelas, nem chouriços caseiros, nem pão saloio, nem galheteiros, nem torneiras que se abrem com as mãos, nem fornos de lenha, nem queijos artesanais, nem ensopados de borrego, nem cabrito no forno, nem cozido à portuguêsa, nem coleiras de pinhões, nem pirolitos, nem arroz de lebre, nem chocos à algarvia, nem entremeada na grelha ou frangos no espeto, nem sequer os coiratos, etc. etc...!
Teremos, assim, a nossa CULTURA, limpa destas mazelas que tanto a conspurcam.
Disponha deste seu admirador!
E não esqueça, ANO NOVO vida nova!
PS: O cigarrito no Casino não lhe ficou lá muito bem.
JPL
Nota: Escrito em 03 de Janeiro 2008

quarta-feira, 12 de março de 2008

DETESTAR!

Hoje acordei muito sisudo!
Acordei a detestar tudo!
Detesto o azar e a sorte,
Detesto a vida e a morte,
Detesto o frio e o calor,
Detesto a noite e o dia,
Detesto a tristeza e a alegria,
Detesto a todos e a mim,
Detesto o princípio e o fim,
Detesto morrer e viver,
Detesto o acto de nascer,
Detesto a terra e o mar,
e...
Detesto este tanto detestar!
2008/03/12
JPL

terça-feira, 11 de março de 2008

QUO VADIS PSD?



Fui fundador do PSD! Ainda sou militante com as quotas em dia! Sempre coloquei, como dizia Sá Carneiro, os interesses do País em primeiro lugar, os da Democracia em segundo e os do Partido em terceiro. Sinto-me triste com o espectáculo que o PSD está a dar ao País. Sucedem-se as acusações na Praça Pública, entrou-se na caça às Bruxas, com a maior das descontracções salpicam-se dignos militantes que muito deram ao Partido e ao País.

Acusam-se uns agora por causa de 'crimes' iguais aos que os acusadores cometeram há bem pouco tempo.

Este não é o meu PSD nem é o PSD de que o País e a Democracia tanto necessitam!

Já é tempo de haver bom senso!

O MEU CÃO


Com que carinho me segues com o teu olhar!
Eu conheço, meu cão, essa tua forma de amar!
Tu sim, ser-me-às sempre leal e sempre grato!
Sem, sequer, exigires servir-te do meu prato.

Quando, com o tic tac da tua cauda me acaricias,
Me contemplas, por vezes o sobrolho franzindo,
Quando me pressentes triste, de esperanças vazias.
Tu, meu cão, amigo fiel, estás a meu lado servindo!

Eu sei, por vezes fico rabujento, não te dou atenção!
E tu, sem um queixume, vens deitar-te a meus pés.
Olhas-me de soslaio, não disfarçando a preocupação.

Então acaricio-te a cabeça e o lombo, com saudade!
Terminamos enrolados em cima do sofá, noite fora.
Como eu sinto e gosto destes momentos de felicidade!
JPL

MANIFESTAÇÕES E OBRIGAÇÕES


Manifestações e Obrigações.
Os professores têm todo o direito a manifestarem-se, como o Governo tem todo o direito e o dever de implementar as reformas e as políticas que, em campanha eleitoral, prometeu aos portuguêses.
Não estando em causa nem um direito nem o outro, qual a razão de uma adesão tão grande à manifestação?
Desde logo, penso que tal adesão se deve mais ao facto de a manifestação funcionar mais como uma espécie de válvula de escape do que própriamente como mera acção reinvindicativa.
A sociedade portuguêsa anda crispada e aproveita estas ocasiões para desabafar. Aconteceu isso com os professores. Ao serem entrevistados pela comunicação social, muitos deles nem sabiam bem contra o que se manifestavam.
Muitos deles deviam, antes de terem votado nas anteriores legislativas, ter lido o programa eleitoral do Partido Socialista. Talvez assim tivessem menos razões para se manifestarem.
Mas vamos ao que interessa!
Afinal os professores aceitam ou não ser avaliados ?
Esta é a grande questão! Eu fui professor 12 anos. Tinha turmas de 40 e mais alunos e sempre fui avaliado. Por isso os meus alunos aceitavam que eu também os avaliasse.
Quem não aceita ser avaliado não tem autoridade moral para querer avaliar.
E sem qualquer avaliação, mais vale fechar o nosso sistema de ensino.
Não foi com o meu voto que o Engº. Sócrates foi eleito Primeiro Ministro, mas reconheço-lhe o direito e o dever de concretizar as reformas que prometeu para que, no próximo acto eleitoral, possa ser avaliado pelos eleitores.
2008/03/11

segunda-feira, 10 de março de 2008

MAIS SOLIDARIEDADE, MAIS JUSTIÇA SOCIAL


'O homem é a nossa medida, nossa regra absoluta, nosso início e nossa meta!
Sem absoluto respeito por ele, não há, não pode haver, democracia verdadeira.'
(Francisco Sá Carneiro - Viseu 21/12/1974)
Nunca, como hoje, este pequeno excerto do pensamento de Sá Carneiro, terá sido tão pertinente e actual.
Dia após dia, a nossa sociedade tem vindo, de uma forma preocupante, a desumanizar-se.
O homem está a ser reduzido a um número ou a uma peça de máquina, colocado ao serviço do Estado quando deveria ser o Estado a servi-lo.
Estamos pois a fastar-nos da sociedade justa e com igualdade de oportunidades que Sá Carneiro tanto ambicionava.
Também do perfil dos dirigentes políticos ele tinha ideias claras! São dele estas palavras que lhe ouvi um dia numa reunião:
'Meus senhores! Só anda na política quem quer e, ao fazê-lo, só pode ter um objectivo - servir - o seu País e os seus concidadãos.'
Que diria ele hoje de grande parte da nossa classe política?
Mas também é verdade que cada povo tem os políticos que merece, façamos pois por merecer melhores!
2008/03/10

domingo, 9 de março de 2008

SILÊNCIOS!!!

PRAIA DA ADRAGA

A Praia da Adraga é um local excelente para quem quer fugir da balbúrdia.

Pasando por Colares, em direcção ao Cabo da Roca, encontramos Almoçageme através da qual, e por uma estrada bastante estreita, seguimos em direcção à Praia da Adraga. Não se arrependerá da visita. Aí encontrará a calma a a beleza que lhe alimentarão a alma para o resto do dia. O contraste entre o mar e a serra propocionam-lhe um bem estar e uma tranquilidade ímpares para uma reflexão necessária.

Alí poderá apreciar também uma rica refeição de peixe no único restaurante existente.

As visitas no mês de Agosto são mais problemáticas por causa da dificuldade de estacionamento.
Uma visita a agendar!
OS CUCOS

Hoje, ao entardecer, quando o Sol, banhando
As costas do pinhal, mergulhava no horizonte,
E os rebanhos tilitavam com o pastor cantando,
Ouvi, com estes ouvidos, cantar o cuco no monte!

Sabem quem ele é? E o que faz o cuco?
É pássaro, e põe os ovos no ninho dos outros,
Para que lhos choquem até nascerem filhos.
Para que lhos criem sem trabalhos e sarilhos!

Andam por aí cantando muitos e grandes cucos!
É ave que está bem viva e em franca expansão.
Vemo-los nos ministérios, em bons escritórios,
Nas escolas, nas empresas, em grandes auditórios.

E o pior é que deles nem sequer nos apercebemos!
São invisíveis, como o vento, que apenas se sente!
Inconscientemente, vamos chocando os seus ovos,
E só nos damos conta quando eles já são gente!!
2008/03/09

Criminalidade


Num mundo de violência sistemática, nem nos damos conta dos exemplos que, tantas vezes, o animais ditos irracionais nos dão.
Esta foto dos meus cães são bem o exemplo vivo do que afirmo.
Seria bem melhor, esta aldeia global em que vivemos, se jamais se repetissem cenas como as que assistimos, nos últimos dias, no nosso país, em que, assassinos à solta semearam a morte sem olhar a meios.
Sei que as injustiças sociais também contribuem muito para o aumento da criminalidade, mas casos houve, em que o assassinato, nem sequer se verificou por reacção a qualquer contra-ataque.
Para grandes males grandes remédios, e a recente alteração ao Código Penal nem sequer foi remédio algum.

sábado, 8 de março de 2008

Pesadelos

Esta noite tive um pesadelo!

Imaginem que sonhei que estava num país onde reinava a confusão, e o cidadão comum via-se em palpos de aranha para compreender o rumo que o seu país levava.

- Nesse tal país, tinham andado cerca de 30 anos a discutir a localização de um aeroporto sem conseguirem chegar a uma conclusão. Porém repentinamente, no espaço de três meses, o Governo aprovou para o tal aeroporto, precisamente o local onde o Ministro havia dito que 'jamais'.

- Vi também um director da Polícia a criticar a sua própria polícia com o aval do respectivo ministro.

- Assisti à derrapagem de grandes obras públicas para valores que rondavam o dobro do orçado sem que ninguém fosse responsabilizado.

- Vi um partido da oposição ser dirigida simultâneamente por dois líderes trazendo os seus militantes totalmente desorientados.

- Até vi um banqueiro construir um grande Banco que depois ajudou a desmoronar lentamente..

- Visitei uma Central Sindical que se manifestava na rua contra a precaridade mas contratava trabalhadores a recibo verde.

- Vi julgamentos demorarem cerca de 20 anos.

E eu como cidadão desse país ia ter de escolher novos dirigentes no próximo acto eleitoral. Já estva de boletim de voto na mão, tremendo por não saber em quem votar, quando dei um salto na cama e acordei!

Corri para a casa de banho, lavei a cara com água fria, respirei findo, e exclamei:

Bolas, olha se isto fosse em Portugal!

2008/03/08