sexta-feira, 29 de agosto de 2008

QUEM ME DERA SABER!!!!!


SABER

Quem me dera nos teus sonhos entrar!
Quem me dera dos teus desejos saber!
Quem me dera conhecer o teu olhar !
Quem me dera, teu intimo conhecer!

Abrir clareiras no confuso turbilhão
Desse teu passado ainda tão presente,
Como um raio de luz rasgando a noite
Escura, misteriosa como amante ausente.

Ergue a cabeça, segue e olha em frente!
Porque vacilas e te interrogas hesitante?
No mundo em que vives vive outra gente

Que também sofreu as feridas passadas
Que o corpo já cansado lhe inundaram!
Porém viveram, venceram e amaram..!

PL

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ESQUERDA....DIREITA...!!!





DIREITA E ESQUERDA!

Eu de esquerda me confesso e de direita me proclamo!

Tenho tanto direito a auto localizar-me no espaço político como qualquer outro cidadão, maior de 18 anos e na plena posse dos seus direitos cívicos e políticos, ainda que, não navegue no mar da pseudo-intelectual idade de que, apenas alguns, pretendem deter a exclusividade.
Sim, porque essa de alguns iluminados do nosso espaço político se intitularem de esquerda, depositando na dita todas as virtudes do Universo e atirando para a (direita) todos os pecados que, desde o primário Adão, adulteraram a humanidade, começa a fazer-me cócegas.
E, sinceramente, não gosto de cócegas deste género nem dos seus cocegantes.
Prefiro outras, pelo menos para mim, bem mais agradáveis!
E, pelos vistos, a maioria do Povo português também não gosta. E não gosta porque sabe muito bem que a solidez do seu futuro e da sua Pátria se não constrói com esta permanente dicotomia, divisória e inconsequente.
Este mesmo Povo, a que muitos insistem em querer continuar a passar atestados de menoridade mental, sabe bem que, ao longo da história, sobejam os exemplos do que a (esquerda/direita) podem ser capazes e que vão de Franco a Hitler ou de Mussolini a Estaline.
Por isso rejeita liminarmente esta visão dicotómica de direita/esquerda e muito mais os fundamentos com que a mesma é feita.
Foi por isso ainda que, em Março de 2005, preferiu Sócrates a Santana Lopes e, passados uns escassos nove meses, escolheu Cavaco Silva à primeira volta em detrimento dos quatro lídimos representantes das virtudes dessa tal esquerda.
Dizendo assim que não considera o cargo de Presidente da República propriedade exclusiva de nenhuma área política, como já se vinha insinuando.
Este Povo, ao qual muito me orgulho de pertencer, sabe escolher os seus líderes, não pelo rótulo, mas sim pelo conteúdo, que é, ao fim e ao cabo, a sua obra ou a capacidade de a fazerem e o comportamento que revelam no seu quotidiano.
Para ele a virtude não está nem na esquerda nem na direita, ela estará sempre na seriedade, na competência e na capacidade de trabalho dos respectivos dirigentes.
Por isso, eu de direita me confesso e de esquerda me proclamo.
Sim porque segundo a bitola desses tais iluminados eu poderei ser de esquerda porque grande parte da minha vida tem sido dedicada à defesa dos mais desfavorecidos; porque corporizei vários projectos de cariz social; porque distribuo comida aos sem abrigo, na noite de Lisboa; porque já encabecei greves gerais, etc… etc…
Porém, serei um perigoso direitista já que não aceito que se agrida a autoridade sem que o agressor seja punido severamente (alterando para isso o Código Penal); porque sou contra a liberalização das drogas; porque acho o casamento de homossexuais contra-natura; porque gosto imenso do Fado, do futebol e da beleza feminina; porque adoro um bom cozido à portuguesa com um bom vinho tinto; em suma porque sou patriota, amo Portugal mais que tudo e odeio tudo quanto alguns querem fazer para destruir as minhas raízes.
Mas também sou muito tolerante! E agora aqui fico sem saber se a tolerância será património da direita ou da esquerda.
Por vezes parece-me que se adaptará mais à esquerda. Mas logo a seguir lembro-me de promessas de emigração, de não participação em cerimónias oficiais, do receio de passar a não dormir descansado, da ameaça de golpe de estado...etc… Isto, claro está, só aconteceria caso Cavaco Silva fosse eleito. Concluo assim que a tolerância afinal não é de esquerda...Claro que também não é de direita!
A tolerância está no coração de cada um de nós para que a saibamos usar convenientemente e sem rancores.
Daí que eu não acredite que alguém emigre, que haja golpes de estado, ou até que alguém não durma descansado, apenas porque foi eleito Presidente da República, em 22 de Janeiro de 2006, o cidadão português Aníbal António Cavaco Silva, nascido em Boliqueime em 15 de Julho de 1939, a quem, suponho, ninguém negará o direito de se ter candidatado.
Por mim, e embora já tenha ouvido dizer que o homem até é de esquerda, garanto que não emigrarei, não receio golpes de estado e tenciono continuar a dormir descansado, já que a única coisa que me poderia tirar o sono seria a minha própria consciência e, essa, continua, felizmente, muito tranquila.
Fevº./2006
JPL

domingo, 24 de agosto de 2008

O VALOR DA AMIZADE!




AMIGO

Amigo! Sem ti, que sentido
Faria a minha vida tão incerta
De momentos felizes e claros ?
Teu coração é minha porta aberta.

Amigo! Tu sempre aí estarás..!
Quando o desânimo me atormente,
Me percebes as lágrimas que verto
E não me abandonas cruelmente!

Amigo! Como tu me compreendes!
Como sofres quando sofro…
Como te ris com o meu riso!

Amigo! Como retribuir-te?
Como agradecer-te a tua ajuda
Que me deu vida e esperança?

JPL

sábado, 23 de agosto de 2008

CONTRA A CORRENTE!

SILÊNCIOS!
Hoje li na comunicação social várias citações que visavam criticar o silêncio da actual líder do PSD Drª. Manuela Ferreira Leite.
Por razões de quilibrio, escrevo aqui outras tantas citações que realçam as virtudes do silêncio.

' Apenas o silêncio é grande, tudo o mais é debilidade' Alfred de Vigny
' Tudo quanto se faz de grande, faz-se em silêncio' Erik Gustaf Geijer
' Os que se calam dizem mais coisas do que do que aqueles que estão sempre a falar' Octave Mirbeau
' O Silêncio é o santuário da prudência' Batazar Gracian

Como se vê, tudo é muito relativo.
JPL

EMIGRAÇÃO! O regresso ao passado?

EMIGRAÇÃO! O regresso ao passado?

Na década de 60 foram muitos, os milhares de portugueses que demandaram o estrangeiro em procura de melhor vida.
Calcorrearam veredas e caminhos, subiram serras, acoitaram-se em caixas de camionetas de carga, comeram o pão que o diabo amassou, para chegarem aos seus destinos.
Destinos que lhes poderiam proporcionar os recursos que a pátria lhes negava e que tanta falta lhes faziam para sustento das suas mulheres e filhos.
A muitos dramas assisti, quando, então professor primário, dava aulas em Silvares, no concelho do Fundão.
Mulheres com os braços cheios de filhos procurando avidamente um sinal proveniente dos lados do correio, que lhes pudesse garantir que os seus homens estavam vivos, eram quadros do dia a dia.
Elas, entretanto, para além de cuidar dos filhos, amanhavam a horta e tratavam dos animais que os maridos, a custo e com lágrimas nos olhos haviam deixado para trás.
Abandonados à sua sorte, sem qualquer apoio e orientação, porque ao Estado, só lhe interessavam as suas remessas de dinheiro.
Foram duas décadas negras da nossa história, que desejaríamos não ver repetidas.
Mas nem sempre os nossos desejos se concretizam!
E estamos novamente assistir a um surto de emigração que nos deve começar e a envergonhar.
E não é apenas o aumento de 50% registado na emigração entre 2000 e 2006, mas também a exploração desumana a que muitos dos nossos compatriotas são sujeitos, quer em terras de Espanha ou da Holanda.
Hoje como ontem, o assunto da emigração e das chamadas comunidades portuguesas continua a não ser levado a sério.
Os nossos emigrantes continuam a ser totalmente esquecidos ou até tratados com troça.
De 1991 a 1995 fui deputado pelas comunidades portuguesas na Europa e tive oportunidade de viver intensamente alguns dos seus problemas.
Já nessa altura, tive oportunidade de constatar a indiferença com que os interesses dessas comunidades eram encarados pelo poder político.
Foi com grande persistência que consegui o aval, do então primeiro Ministro Prof. Cavaco Silva, para levar a RTP-Internacional a essas mesmas comunidades.
Mas valeu a pena!
A alegria com que foram recebidas as primeiras imagens da sua Pátria comoveu-me. Aprendi, com esta rica experiência, a compreender melhor as nossas comunidades.
Pelos vistos tudo continua na mesma senão pior. Só as remessas interessam ou só nas votações são lembradas.
Os nossos emigrantes merecem que a Pátria, que lhes negou uma vida digna, faça mais por eles!


JPL

quinta-feira, 21 de agosto de 2008













POR TI..!


Por ti..!
Mergulharei no mar profundo,
Subirei à alta montanha,
Correrei por todo o mundo,
Com esta alegria tamanha!
Apanharei a lua cheia,
Para que não fuja volta e meia!

Por ti..!
Cantarei peito à chuva,
Apanharei aquela nuvem
Que já me tapava o Sol !
Darei sorrisos a quem não tem.
Pintarei um arco íris,
Para a cabeça te enfeitar!
Tudo para te poder amar.

Por ti..!
Voarei até ao infinito,
Até à linha do horizonte.
Apanharei a brisa do Mar,
E a água que corre do monte.
Segurarei o vento forte,
Para que não provoque morte.
Tudo para te poder amar!


Por ti..!
Apanharei os pássaros do céu,
E as borboletas no ar.
Correrei todas as fontes,
Até ao fim do luar !
E mesmo assim não sei,
Se será pouco para tanto amar!

JPL

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O SONHO COMANDA A VIDA!











Quando, há quase 20 anos, em plena era da especulação imobiliária, resolvi provar que era possível construir habitação condigna a preços muito abaixo dos que então se praticavam, estava longe de pensar na aventura em que me ia envolver.
Mas, como se diz, 'o homem sonha e a obra nasce'!
Liderando uma equipe que sempre pos os interesses colectivos acima de tudo, lançamos mãos à obra.
Assim nasceu a UGTIMO-Cooperativa de Habitação!
Muitas foram as dificuldades que tivemos de enfrentar, mas sempre as soubemos vencer com determinação e entusiasmo.
A obra foi crescendo, o projecto ganhando credibilidade. E hoje é com orgulho que olhamos toda a obra feita e que já ultrapassa muito o meio milhar de habitações.
Os dois prémios que nos foram atribuidos pelo INSTITUTO NACIONAL DE HABITAÇÃO foram o reconhecimento do nosso trabalho. A confiança dos nossos sócios a nossa coroa de glória.
Ajudamos a resolver uma pequena parcela do problema habitacional em Portugal.
Iremos terminar o nosso mandato com a consciência do dever cumprido.
A todos quantos me ajudaram, o meu muito obrigado!
JPL

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

OBRIGADO! ANTÓNIO 'DE JANAS'.




Na região saloia do Concelho de Sintra há uma figura 'típica' que não passa despercebida a ninguém.
É o António de Janas, também conhecido pelo 'António Bombeiro'!
O estralejar dos foguetes , o som dos tambores e dos trombones das bandas de música, fazem-lhe ferver o sangue.
Calcorreia quilómetros percorrendo, com o seu passo desengonçado, mas rápido, todas as aldeias da região.
Não há festa que ele não anuncie antecipadamente!
Não há procissão que ele não comande!
Não há arraial onde ele não participe!
Semi-fardado do Bombeiro, transformado num autêntico soldado da Paz, o António é bem aceite por todos e todos o acarinham.
Ele, vai retribuindo com os poucos monossílabos que pronuncia.
Contaram-me que, um dia, ele participou numa corrida regional. Nesse dia, certamente que o troar dos foguetes o fizeram arrancar disparado em direcção à meta.
Porém, quando viu que já ninguém o perseguia de perto, sentou-se no caminho à espera dos seus adversários.
Ao António não interessavam os louros de uma qualquer vitória! A vitória dele era diferente!
A sua vitória era a da amizade e da Paz entre os homens.
Por isso, há dias, na festa das Azenhas do Mar, ouvi um apresentador dizer:
'Se todos os homens fossem como o António, não haveria guerras no Mundo'.
Nem injustiças, acrescento eu!
O meu abraço ao António!
JPL

sábado, 9 de agosto de 2008

FESTA NA ALDEIA...

A festa da minha Aldeia é bonita, porque é a da minha Aldeia! Começou hoje!
É nela que me sinto bem e que, como um catraio reguila, anseio por ouvir o estralejar dos foguetes e o som compassado dos trombones com que a filarmónica abre a procissão em honra de S. Lourenço.
Mais tarde, segue-se o arraial, com comes e bebes ao ar livre (fora dos olhares da ASAE).
As barraquitas com as suas bijuterias são local obrigatório de passagem.
Mas, verdadeiramente, ao que eu não resisto é às rifas. O desenrolar daqueles papelitos tão bem enroladinhos é, para mim, um ritual que me acalma o espírito.
Vá lá mais dois euros de rifas!
Desenrolo, a meias com os netos, os papelitos uns atrás de outros, até que...prémio, quase grito. É um manjerico. Nada mau!
Avô eu também tenho prémio grita o Zé Maria! Olha é um porta chaves!
A seguir vai uma fartura bem polvilhada com açucar!
Os pequenos querem o pau com algodão em rama, vermelho, que o João Maria já espreita por cima dos óculos.
Vamos a uma volta nos carrinhos eletricos? Pergunta o Pedro.
Os choques dos carrinhos provocam gargalhadas.
De seguida fomos ver o Miguel, o neto mais velho, que este ano já esta a trabalhar ajudando atrás do balcão do Bar. Serve aí um pirolito ò 'garçon'....brincamos com ele.,.
Felizes , lá vamos para a cama descansar para, no dia seguinte, lá voltarmos.
É mesmo bonita a Festa da minha Aldeia!
JPL

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

REFLEXÕES!



Os que fazem o bem são os únicos que mereceriam ser invejados, se não houvesse uma mais vantajosa solução: Tentar fazer melhor que eles. (Jean de la Bruyère)

Todas as virtudes estão compreendidas na Justiça; Se és justo, és uma pessoa de bem! (Teognis)

O verdadeiro amor é como a aparição dos espíritos: toda a gente fala dele mas poucos o viram. ( La Rocheoucauld)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

COMEÇANDO O DIA!



Hoje levantei-me tarde!
Eram quase nove horas. Os cães já tinham dado sinal de impaciencia.
E eu, alanzoado, só pensando em mim, não tinha pressa de lhes matar a fome de uma noite de latidos, ganidos e uivos!
Enfim! A custo lá me levantei pensando nos rituais repetidos para que esta vida nos empurra.
Porém, o ar fresco misturado com a brisa do mar, espevitou-me e, assim comecei mais um dos meus dias de constante labuta.
E com ganas desta vez!
É curioso! Sempre andamos atarefados! Até parece um modo de vida!
Não nos damos conta da velocidade com que o tempo corre ou voa.
E quando nos apercebemos disso já é demasiado tarde. É então que pensamos no que poderiamos ter feito e não fizemos. Nem para amar tivemos tempo!
Há coisas que nunca mais se recuperam: - o tempo depois de passado e a oportunidade perdida!
Pensem bem nisto!
JPL

ASAE!....VALEU A PENA A LUTA!



Mais vale tarde que nunca! Finalmente o Governo reconheceu os excessos que estavam a ser cometidos pela sua ASAE e a asneira da sua própria legislação nesta matéria.

Resta perguntar: se ninguém se tivesse insurgido contra estes excessos o Governo teria recuado?

Por mim. dei o meu contributo e, por isso, fiquei satisfeito pelo facto de o Governo ter emendado a mão, evitando a morte de uma parte da nossa cultura que é a gastronomia e o artesanato.

Estamos todos de parabens!

JPL

domingo, 3 de agosto de 2008

QUANTO PESA O SEU COPO DE ÁGUA?



Sabem quanto pesa um copo cheio de água? 200 gramas, dirão uns, outros talvez digam 400 gramas!

Eu direi que o peso será talvez o menos importante.

O que importará verdadeiramente é o tempo que carregarmos esse copo.

Se estivermos com o copo cheio de água na mão, apenas durante cinco minutos, mal sentiremos o seu peso.

Porém, se nos obrigarem a permanecer com ele na mão durante todo o dia, certamente o derramaremos em cima de alguém ou de nós próprios, e correremos o risco de ir parar ao hospital com um esgotamento.

Por isso, meus amigos(as), aconselho-vos a que não transportem os vossos copos de água do trabalho para casa e vice versa.

Deixem-nos à porta!

Assim ficarão mais leves, mais bem dispostos e mais simpáticos!

Em suma, saibam aliviar o vosso corpo e a vossa mente, transportando apenas um copo de água de cada vez, e o menos tempo possível.

Se assim fizerem agradecer-me-ão o conselho!

JPL

sábado, 2 de agosto de 2008

MOSCA....!

Matei a maçadora mosca!
Andava-me a aborrecer,
A zumbir, a picar, a ensurdecer.
E...com uma palmada seca...,
Zás..! Matei a mosca nojenta!
Depois, quando a deitei no cinzeiro,
Dei comigo, especado a pensar,
Que não tinha o direito de ter morto
Esta pobre mosca.
Afinal era tão nojenta e igual
A tantas outras que pululam por aí.
Só que essas não se podem matar!
Porque...são pessoas de bem...!
JPL