Nestes 34 anos de militância no PSD não me lembro de uma crise tão profunda como a que o partido agora atravessa.
Ela não se resume apenas a uma disputa entre militantes que aspiram à liderança. Vai muito para além disso.
Nestas directas joga-se o futuro de um projecto político de cariz humanista, reformista e interclassista, tal como o concebeu Sá Carneiro.
Mas, este projecto, só sairá vencedor deste jogo, se souber dar os passos correctos.
Primeiro, reganhar a credibilidade perdida, depois reafirmar, sem tibiezas, o seu projecto genuíno, cercando, se necessário, o PS pelas esquerda.
E, sem dúvida, Manuela Ferreira Leite é a única possibilidade de o PSD voltar de novo a merecer a credibilidade dos portuguêses em geral.
Ela personifica o rigor, a honestidade, a dedicação e o trabalho.
Afirmo-o com conhecimento de causa.
Não o faço para me estar a por em bicos de pés, aliás nunca o fiz nem necessito de o fazer.
Se os militantes a não escolherem, receio bem que estejam a contribuir com mais um passo para o abismo.
A candidatura de Pedro Passos Coelho, é também bem vinda, porque é um sinal de que a renovação está em marcha e, daqui a cinco anos, uma nova geração assumirá o comando.
Contudo, este não é ainda o momento da renovação, é sim o da credibilização, sem a qual o PSD corre sérios riscos de implodir.
E a democracia portuguesa necessita de um PSD forte e coeso.
JPL
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2 comentários:
O seu pensamento é, como sempre nos habituou,o que de mais sensato poderia haver!
Quem tiver amor ao PSD e a Portugal não poderá pensar de modo diferente.
Pela minha parte, obrigado Pereira Lopes.
José Amoroso
Mas ainda haverá alguem que vá votar Santana Lopes?
Será que já se esqueceram que foi ele que deu a maioria absoluta ao Sócrates?
Silvio Rebelo
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