segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cuidado! Não há mais furos para apertar o cinto.
Terminou o Verão! Aliás um Verão muito envergonhado. Já que os verdadeiros dias de calor se contaram pelos dedos.
Talvez por isso, a chamada ‘rentrée política’, de quente também não teve nada.
Porém, a ferver estão quase a ficar os contribuintes com as mil e uma maneiras com que lhe estão a sugar os bolsos.
A carga fiscal está a atingir os limites do suportável e, cada dia que passa, surgem mais medidas que, indirectamente, entram nos bolsos dos portugueses. É o agravamento do IVA, são os transportes, é a eliminação das deduções com a saúde e educação em sede de IRS, vai ser o aumento das taxas moderadoras na saúde, a cativação de 50% do subsídio de Natal eu sei lá que mais.
Com todas estas medidas, estamos a assistir ao desaparecimento da chamada classe média. Os ditos ricos safam-se facilmente pois só lhe cortam no que sobeja e os mais desfavorecidos vão fugindo aos impostos por todo o lado num mercado de trabalho paralelo..
Resta a classe média para suportar a maioria da sofreguidão da máquina fiscal.
Todos sabemos que estas medidas foram provocadas pelo lastimável estado em que o anterior governo nos deixou as finanças públicas. De tal modo evidente que ele próprio teve de se submeter às regras impostas pela Troica FMI/BCE.
Já é mais difícil compreender a razão porque, sistematicamente, em vésperas de eleições, os partidos políticos, através dos seus dirigentes, fazem promessas que sabem não poder cumprir. Só pode haver duas razões: MENTIRA ou IMCOMPETÊNCIA.
Não se pode prometer que se não aumentam os impostos para depois se fazer o contrário.
São situações destas que descredibilizam a política e os seus agentes. E que, mais tarde ou mais cedo, minarão a própria democracia.

JPL

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