Concordo, e concordo igualmente que ele será um terramoto de longa duração.
Quando há dois anos chamei a atenção para aquilo a que eu apelidava de 'desocidentalização' da Europa, houve quem me apelidasse de ultra-pessimista.
Já há muito que existam indícios de que o modelo social europeu se vinha esgotando, neste mundo globalizado.
Efectivamente o equilibrio entre elevados níveis de produtividade e uma protecção social invejável, começava a ser posto em causa.
A Europa começou, gradualmente, a perder competividade, foi resistindo como pôde e enquanto pôde.
Agora surgiu aquilo que poderá ser a estocada final nesta sociedade de 'bem estar' designada correntemente por 'mundo ocidental' - a crise do petróleo.
Fortemente dependente, em termos energéticos, a Europa vê-se hoje a braços com uma inflacção insustentável sendo, por isso, obrigada a subir as suas taxas de juro.
Para melhorar a sua produtividade, tenta aumentar o período normal de trabalho semanal, em conflito com o movimento sindical.
O descontentamento é geral. São contestados, por essa Europa fora, tanto governos de direita com de esquerda.
As instituições europeias não conseguem encontrar a chave para este problema com que a Europa se defronta.
O não Irlandês ao tratado de Lisboa ajudou ao terramoto e a teimosia do presidente polaco, ao dar agora o dito por não dito, só veio piorar as coisas.
Que o terramoto é grande lá isso é! Mas que haja forças políticas em Portugal que se regozijam com ele, já me custa a aceitar.
Já pensaram bem no que seria de nós se tivessemos de regressar ao escudo, num cenário destes?
Nem quero imaginar! Mas pelos vistos há os que preferem o orgulhosamente sós. São pontos de vista!
JPL
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