UM SAPO…COMO GENTE!
Um sapo astuto, porém raquítico e enfezado,
Procurava comida adequada, já desesperado,
Quando, ser saber como, cai em viçosa horta,
Sem qualquer esforço ou ter de bater à porta.
A horta estava recheada de tudo o que lhe convinha.
Desde a fruta, aos bons legumes, até à viçosa vinha.
Era o local perfeito para por em prática a sua argúcia.
E foi, calmamente, montando as teias da sua astúcia.
Enredou o porco contra o cão e o peru com o pato
Comprou com segredos o galo e promessas o gato.
Desta bicharada dou eu conta, satisfeito já dizia!
Ei-lo a prosperar, a subir, a inchar a pele luzidia.
Passeava-se ufano por onde vénias lhe faziam
Sorria e cumprimentava todos quantos o viam.
Nas suas costas porém, já se desenhava o desdém
E os boatos voaram, indo cada vez mais além.
A bronca estalou! O sapo era muito mau afinal!
Já todos à boca cheia lhe chamavam reles animal.
Ao passar, não o conhecendo, dele se desviavam.
E os amigos de outrora nem sequer lhe falavam!
Nunca queiras, amigo, ser como este sapo odiento!
Porque nesta reles sociedade onde tudo é nojento,
Tão depressa te admiram, te bajulam e te adoram,
Como te odeiam de inveja e de desprezo te ignoram!
JPL
Um sapo astuto, porém raquítico e enfezado,
Procurava comida adequada, já desesperado,
Quando, ser saber como, cai em viçosa horta,
Sem qualquer esforço ou ter de bater à porta.
A horta estava recheada de tudo o que lhe convinha.
Desde a fruta, aos bons legumes, até à viçosa vinha.
Era o local perfeito para por em prática a sua argúcia.
E foi, calmamente, montando as teias da sua astúcia.
Enredou o porco contra o cão e o peru com o pato
Comprou com segredos o galo e promessas o gato.
Desta bicharada dou eu conta, satisfeito já dizia!
Ei-lo a prosperar, a subir, a inchar a pele luzidia.
Passeava-se ufano por onde vénias lhe faziam
Sorria e cumprimentava todos quantos o viam.
Nas suas costas porém, já se desenhava o desdém
E os boatos voaram, indo cada vez mais além.
A bronca estalou! O sapo era muito mau afinal!
Já todos à boca cheia lhe chamavam reles animal.
Ao passar, não o conhecendo, dele se desviavam.
E os amigos de outrora nem sequer lhe falavam!
Nunca queiras, amigo, ser como este sapo odiento!
Porque nesta reles sociedade onde tudo é nojento,
Tão depressa te admiram, te bajulam e te adoram,
Como te odeiam de inveja e de desprezo te ignoram!
JPL
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